1 de janeiro de 2015

Arte Contemporânea em São Paulo | A 31ª Bienal de Arte e o Hospital Matarazzo



No segundo semestre de 2014, a cidade de São Paulo recebeu duas grandes exposições de arte contemporânea - a 31ª bienal de arte de São Paulo e a exposição "Made by...Feito por Brasileiros" no antigo Hospital Matarazzo. Trago neste texto um olhar sobre as duas exposições.

31ª Bienal de Arte de São Paulo

Realizada entre 6 de Setembro e 7 de Dezembro de 2014, a 31ª edição da Bienal de Arte São Paulo foi sediada no pavilhão da bienal no Parque Ibirapuera. A mostra trouxe obras centradas fortemente em torno de temas políticos e religiosos.  O conteúdo impactante, por vezes até agressivo, fez com que, em muitos casos, o elemento estético da obra ficasse em segundo plano.  Nesta edição da bienal, a pesquisa formal abriu espaço para o protagonismo das mensagens de protesto.

Esse é o caso da obra “Espaço para Abortar”, do coletivo boliviano Mujeres Creando, logo a entrada da Bienal.  O conjunto de elementos rosados chama a atenção em um primeiro momento porém a grande força da obra está nos relatos de mulheres que sofreram um aborto.  Esses relatos podem ser ouvidos pelos headphones disponibilizados dentro de unidades que se assemelham a duchas, envoltas por véus também rosados.





A seguir, outras obras presentes na bienal.

Olhar para não ver, Bik Van der Pol. Projeto participativo.



Instalação de Juan Carlos Romero.



Retratos Icônicos Sem Nome, de Éder Oliveira. 

Suas pinturas são inspiradas em retratos de pessoas que aparecem nas colunas de jornais policiais, os ícones desconhecidos e esquecidos de nossa sociedade.


Histórias de Aprendizagem, Voluspa Jarba

Letters to the reader, de Walid Raad. 

As paredes emergem como ‘imãs de sombra perdidas’ da arte árabe.





Spear e outros trabalhos, Edward Krasinski.






Made by....Feito por Brasileiros no Hospital Matarazzo

A recorrência do tema político na arte contemporânea também pôde ser averiguada na exposição “Made by....Feito por Brasileiros”, realizada no antigo Hospital Matarazzo entre os meses de Setembro e Outubro de 2014. O prédio, fechado ha duas décadas, será reaberto após a reforma.  Nesse período de transição, suas portas foram abertas a uma invasão criativa destes artistas.  A mostra trouxe diversas obras de cunho político e crítico - o próprio ato de ocupação temporária já é simbólico por si só. A seguir, algumas das obras que mais chamaram a minha atenção entre a mostra.

À entrada, a magnífica intervenção do artista belga Arne Quinze.





Daniel Senise



Henrique Oliveira


Studio Drift



Maria Neponucemo



Artur Lescher



Daniel de Paula


Joana Vasconcelos

A exposição contou com duas obras da artista portuguesa Joana Vasconcelos. A primeira delas foi o "Piano Dentelle #2", um piano revestido em renda que na inauguração foi objeto de destaque na performance de Fafá de Belém. A cantora se apresentou com um vestido da mesma renda do piano. (ver vídeo abaixo)




A segunda obra foi a instalação “Valquíria Matarazzo” dentro da capela da Cidade Matarazzo.  O espaço foi ocupado por formas orgânicas têxteis revestidas por luminárias LED.









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